terça-feira, 29 de novembro de 2016

Reflexão Individual - Segurança na Internet

A atualidade é caracterizada pela era digital, em que milhões de utilizadores, incluindo crianças e jovens, de diferentes culturas e estilos de vida, acedem à Internet com uma maior frequência. Apesar do mundo digital proporcionar inúmeras oportunidades e potencialidades, este também possibilita o acesso a riscos que ameaçam a nossa segurança e bem-estar, pelo que é necessário que os seus utilizadores estejam conscientes dos riscos que o seu uso e que tipo de procedimentos é necessáriosadotar para ajudar na sua proteção.  

A 30 de Abril de 1993 o CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear) estabeleceu a Internet (WWW – World Wide Web) e consequentemente houve uma explosão de servidores e serviços com utilizadores a disponibilizar e a aceder a informação, que por sua vez foi caracterizada como o Big Bang da era da informação (Vasconcelos, 2016). O mesmo autor sublinha que, atualmente, a Internet está presente em todos os setores de atividade e que para alguns é considerada uma componente indispensável. Sendo que existem empresas que são apenas encontradas na WWW (World Wide Web) e modelos de negócio que se baseiam única e exclusivamente em plataformas web (Vasconcelos, 2016), como por exemplo as aplicações da Uber e da Airbnb que estabelecem uma ligação direta entre consumidores e fornecedores através do uso de smartphones e tablets. Inclusive compras de seguros, de produtos sem o contacto direto, de passagens aéreas, etc., são realizadas através da Internet, cujo ponto em comum é a entrega de dados, resultando numa partilha em excesso de informação pessoal o que por sua vez cria um problema de segurança.

Apesar das empresas que fornecem o software e hardware dos nossos computadores investirem na cibersegurança, esta ainda apresenta algumas falhas. Os smartphones, por outro lado, são mais suscetíveis a certos riscos. O seu desenvolvimento tecnológico permitiu que este aparelho se tornasse indispensável no dia a dia, no entanto, a sua evolução, em contrapartida, proporcionou uma maior acessibilidade por parte de outrem. Vasconcelos sublinha a fragilidade da comunicação entre smartphones por referir que “ao fazer uma chamada de A para B, um hacker pode passar a controlar e a recolher todo o conteúdo da conversa. O smartphone de B pode ser usado para atacar outros dispositivos escondendo a origem do ataque” (2016). Da mesma maneira um smartphone pode ser facilmente infetado por vírus que visam “roubar palavras-passe dos utilizadores, autenticações bancárias, ou mesmo envio de mensagens e chamadas para números de valor acrescentado” (Internet Segura, 2016). São os comportamentos que consideramos discretos, que em certos momentos apresentam maior risco de exposição, como por exemplo, uma câmara desbloqueada de um computador ou smartphone permite intercetar o que estamos a fazer, que por sua vez pode evidenciar situações comprometedoras.

Os ataques às empresas baseadas na Internet, nomeadamente à Amazon, ao Twitter, à Spotify, à NetFlix e ao New York Times, mencionados por Oliveira (2016), demonstram a facilidade em aceder aos dispositivos através de câmaras, que por sua vez têm ligação de dados, ou seja, são capazes de enviar e receber informações, e são encontram em computadores. É de referir que o exito dos mesmo ataques foi conseguido pelo acesso de outros dispositivos que pertencem à Internet das Coisas. Este ecossistema retrata a multiplicação de dispositivos conectados à Internet que permitem a recolha de dados e posterioremente operar consoante a mesma (Solutions, 2016). Hoje em dia a Internet das Coisas é encontrada em aparelhos utilizados no nosso quotidiano, como frigoríficos, televisões, sistemas de casa, pulseiras de fitness, ente outros. “Segundo a Statista, em 2020 vão existir 50 mil milhões de dispositivos de IoT (Internet of Things) ligados” (Oliveira, 2016), o que é alarmante pois significará uma maior ocorrência de possíveis invasões dos dispositivos e consequentemente a aquisição de informação, que pode incluir fotos, vídeos e dados pessoais. Os mesmos dados podem ser adquiridos com o propósito de venda e uso por empresas para qualquer fim (Vasconcelos, 2016).

Não obstante aos riscos apresentados relativamente ao uso da Internet e da Internet das Coisas, ambos possuem inúmeras vantagens. A Internet, atualmente, proporciona novas formas de jogar, de comunicar de forma gratuita, de viajar e de novas formas de carreira, baseadas em plataformas web, como ser um(a) youtuber (Torres & Rodrigues, 2014). A Internet das Coisas, através da ligação de todos os dispositivos, engloba benefícios à nossa sociedade, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Tendo como exemplo a sua utilização no sector da Saúde em que a implementação de chips, poderá tornar o diagnóstico mais rápido e proativo, ou no sector de transportes em que poderá a vir ser possível os automóveis comunicarem uns com os outros, permitindo assim uma maior eficiência nas viagens efetuadas e reduzindo drasticamente o número de acidentes rodoviários (Correia, Silveira, Venancio & Virtudes, 2011). Em suma as Novas Tecnologias são uma mais valia, no entanto devido à sua funcionalidade e ao poder atribuído as mesmas, estas possuem riscos, pelo que é de a responsabilidade dos seus utilizadores adquirirem conhecimento sobre as suas limitações e aplicarem as regras durante o seu uso, como também atualizarem os equipamentos de modo que as falhas de segurança sejam reparadas (Vasconcelos, 2016).

Por último, mas não menos importante, como futura profissional da educação é necessário ensinar às crianças como utilizar a Internet de forma segura, advertindo-as para os seus perigos, como também apresentar as suas vantagens, em oposição à imposição de limites e regras, pois existe a possibilidade de as contornarem.

Bibliografia

Correia, J.; Silveira, C., Venancio, R. e Virtudes, J. (2011). Sistemas de Recuperação de Informação. Trabalho da disciplina de Seminário de Sistemas e Tecnologias da Informação I. Universidade Atlântica, Portugal. Obtido em 25 de Novembro: http://ssti1-1112.wikidot.com/a-internet-das-coisas.

Guerreiro, A. (18 de Julho de 2014). A máquina Google. Público. Obtido em 25 de Novembro de 2016, de https://www.publico.pt/2014/07/18/culturaipsilon/noticia/a-maquina-google-1663271

Internet Segura. (2016). Smartphones e Tablets. Obtido em 25 de Novembro de 2016, de Internet Segura: http://www.internetsegura.pt/riscos-e-prevencoes/smartphones-e-tablets#what

Oliveira, P. M. (16 de Novembro de 2016). Quem vigia a Internet de Todas as Coisas? Exame Informática. Obtido em 25 de Novembro de 2016, de http://exameinformatica.sapo.pt/opiniao/2016-11-16-Quem-vigia-a-Internet-de-Todas-as-Coisas-

Torres, J. & Rodrigues, R. (Novembro de 2014). PowerPoint Segurança na Internet. Obtido em      16 de Novembro de 2016, de Escola Superior de Educação na Unidade Curricular Língua Portuguesa Tecnologia de Informação e Comunicação: http://moodle.ips.pt/1617/pluginfile.php/89711/mod_resource/content/1/sessao_ESE_LPTIC.pdf

Solutions, A. S. (2016). Internet of Things (IoT). Obtido em 25 de Novembro de 2016, de SAS: http://www.sas.com/pt_br/insights/big-data/internet-das-coisas.html

Vasconcelos, P. (3 de Novembro de 2016). O surfista e a onda: fraude na internet. Visão. Obtido em 25 de Novembro de 2016, de http://visao.sapo.pt/opiniao/silnciodafraude/2016-11-03-O-surfista-e-a-onda-fraude-na-internet

Discente: Ísis Montenegro nº 140142069

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