A atualidade é caracterizada pela era digital, em que
milhões de utilizadores, incluindo crianças e jovens, de diferentes culturas e
estilos de vida, acedem à Internet com uma maior frequência. Apesar do mundo
digital proporcionar inúmeras oportunidades e potencialidades, este também
possibilita o acesso a riscos que ameaçam a nossa segurança e bem-estar, pelo
que é necessário que os seus utilizadores estejam conscientes dos riscos que o
seu uso e que tipo de procedimentos é necessáriosadotar para ajudar na sua proteção.
A 30 de Abril de 1993 o CERN (Organização Europeia para a
Investigação Nuclear) estabeleceu a Internet (WWW – World Wide Web) e
consequentemente houve uma explosão de servidores e serviços com utilizadores a
disponibilizar e a aceder a informação, que por sua vez foi caracterizada como
o Big Bang da era da informação (Vasconcelos, 2016) . O mesmo autor
sublinha que, atualmente, a Internet está presente em todos os setores de atividade
e que para alguns é considerada uma componente indispensável. Sendo que existem
empresas que são apenas encontradas na WWW (World Wide Web) e modelos de
negócio que se baseiam única e exclusivamente em plataformas web (Vasconcelos, 2016) , como por exemplo as
aplicações da Uber e da Airbnb que estabelecem uma ligação direta entre
consumidores e fornecedores através do uso de smartphones e tablets. Inclusive compras
de seguros, de produtos sem o contacto direto, de passagens aéreas, etc., são
realizadas através da Internet, cujo ponto em comum é a entrega de dados, resultando
numa partilha em excesso de informação pessoal o que por sua vez cria um
problema de segurança.
Apesar das empresas que fornecem o software e hardware dos
nossos computadores investirem na cibersegurança, esta ainda apresenta algumas
falhas. Os smartphones, por outro
lado, são mais suscetíveis a certos riscos. O seu desenvolvimento tecnológico
permitiu que este aparelho se tornasse indispensável no dia a dia, no entanto,
a sua evolução, em contrapartida, proporcionou uma maior acessibilidade por
parte de outrem. Vasconcelos sublinha a fragilidade da comunicação entre
smartphones por referir que “ao fazer uma chamada de A para B, um hacker pode
passar a controlar e a recolher todo o conteúdo da conversa. O smartphone de B
pode ser usado para atacar outros dispositivos escondendo a origem do ataque” (2016) .
Da mesma maneira um smartphone pode ser facilmente infetado por vírus que visam
“roubar palavras-passe dos utilizadores,
autenticações bancárias, ou mesmo envio de mensagens e chamadas para números de
valor acrescentado” (Internet Segura, 2016) . São os comportamentos
que consideramos discretos, que em certos momentos apresentam maior risco de
exposição, como por exemplo, uma câmara desbloqueada de um computador ou smartphone
permite intercetar o que estamos a fazer, que por sua vez pode evidenciar
situações comprometedoras.
Os ataques às empresas
baseadas na Internet, nomeadamente à Amazon, ao Twitter, à Spotify, à NetFlix e
ao New York Times, mencionados por Oliveira (2016),
demonstram a facilidade em aceder aos dispositivos através de câmaras, que por
sua vez têm ligação de dados, ou seja, são capazes de enviar e receber
informações, e são encontram em computadores. É de referir que o exito dos
mesmo ataques foi conseguido pelo acesso de outros dispositivos que pertencem à
Internet das Coisas. Este ecossistema retrata a multiplicação de dispositivos
conectados à Internet que permitem a recolha de dados e posterioremente operar
consoante a mesma (Solutions,
2016) .
Hoje em dia a Internet das Coisas é encontrada em aparelhos utilizados no nosso
quotidiano, como frigoríficos, televisões, sistemas de casa, pulseiras de
fitness, ente outros. “Segundo a Statista, em 2020 vão existir 50 mil milhões de dispositivos de IoT
(Internet of Things) ligados” (Oliveira, 2016) , o que é alarmante pois
significará uma maior ocorrência de possíveis invasões dos dispositivos e
consequentemente a aquisição de informação, que pode incluir fotos, vídeos e dados
pessoais. Os mesmos dados podem ser adquiridos com o propósito de venda e uso
por empresas para qualquer fim (Vasconcelos, 2016) .
Não obstante aos riscos apresentados relativamente ao uso da
Internet e da Internet das Coisas, ambos possuem inúmeras vantagens. A Internet,
atualmente, proporciona novas formas de jogar, de comunicar de forma gratuita,
de viajar e de novas formas de carreira, baseadas em plataformas web, como ser
um(a) youtuber (Torres & Rodrigues, 2014). A Internet das
Coisas, através da ligação de todos os dispositivos, engloba benefícios à nossa
sociedade, proporcionando uma melhor
qualidade de vida.
Tendo como exemplo a sua utilização no sector da Saúde em que a
implementação de chips, poderá tornar o diagnóstico mais rápido e proativo, ou
no sector de transportes em que poderá a
vir ser possível os automóveis comunicarem uns com os outros, permitindo assim uma maior eficiência nas
viagens efetuadas e reduzindo drasticamente o número de acidentes rodoviários (Correia,
Silveira, Venancio & Virtudes, 2011). Em suma as Novas Tecnologias são uma mais valia, no entanto devido à sua
funcionalidade e ao poder atribuído as mesmas, estas possuem riscos, pelo que é
de a responsabilidade dos seus utilizadores adquirirem conhecimento sobre as
suas limitações e aplicarem as regras durante o seu uso, como também atualizarem
os equipamentos de modo que as falhas de segurança sejam reparadas (Vasconcelos, 2016) .
Por último, mas não
menos importante, como futura profissional da educação é necessário ensinar às
crianças como utilizar a Internet de forma segura, advertindo-as para os seus
perigos, como também apresentar as suas vantagens, em oposição à imposição de
limites e regras, pois existe a possibilidade de as contornarem.
Bibliografia
Correia,
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Obtido em 25 de Novembro de 2016, de Internet Segura:
http://www.internetsegura.pt/riscos-e-prevencoes/smartphones-e-tablets#what
Oliveira, P. M. (16 de Novembro de 2016). Quem vigia
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Novembro de 2016, de
http://exameinformatica.sapo.pt/opiniao/2016-11-16-Quem-vigia-a-Internet-de-Todas-as-Coisas-
Torres, J. & Rodrigues, R. (Novembro de
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Obtido em 16 de Novembro de 2016,
de Escola Superior de Educação na Unidade Curricular Língua Portuguesa Tecnologia
de Informação e Comunicação: http://moodle.ips.pt/1617/pluginfile.php/89711/mod_resource/content/1/sessao_ESE_LPTIC.pdf
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Obtido em 25 de Novembro de 2016, de SAS:
http://www.sas.com/pt_br/insights/big-data/internet-das-coisas.html
Vasconcelos, P. (3 de Novembro de 2016). O surfista
e a onda: fraude na internet. Visão. Obtido em 25 de Novembro de 2016,
de
http://visao.sapo.pt/opiniao/silnciodafraude/2016-11-03-O-surfista-e-a-onda-fraude-na-internet
Discente: Ísis Montenegro nº 140142069
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