Tux Paint é um programa gratuito de desenho, cujo público alvo são crianças dos 3 aos 12 anos, uma vez que exige familiaridade com o rato do computador. Este programa apresenta inúmeras ferramentas de desenho, tais como pincéis, carimbos, linhas, borrachas de diferentes tamanhos e efeitos especiais que incluem arco-íris, relva, espuma, etc. Ainda possibilitam a introdução de textos, retroceder vários passos e utilizar uma vasta seleção de cores.
Após a sua exploração podemos concluir que as diferentes funcionalidades e ferramentas existentes para além de desenvolverem a criatividade, imaginação e a motricidade fina da criança, também introduzem e aprofundam conceitos como os vários polígonos, eixos de simetria, as diferentes cores e texturas visuais, pelo que este programa pode ser utilizado em sala de aula, tanto em diferentes matérias, como em diferentes anos de escolaridade. Por outro lado possibilita a incorporação das TIC.
É de referir que encontrámos algumas vantagens, nomeadamente a vasta seleção de idiomas, incluindo o português, a fácil identificação dos ícones dos botões e a sua alta capacidade de entretenimento. Entre as desvantagens destacamos a impossibilidade quer de modificar o desenho escolhido, quer de o guardar noutra plataforma além do próprio programa.
Blogue dedicado à Unidade Curricular Língua Portuguesa Tecnologia Informação e Comunicação
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
O Jogo Online
No âmbito na Unidade Curricular Língua Portuguesa Tecnologia de Informação e Comunicação foi solicitado que encontrássemos um jogo educativo interativo para apoio à Língua Portuguesa e posteriormente com base na leitura de textos disponibilizados pela docente, produzir um texto que descrevesse o jogo escolhido e incluísse um reflexão sobre o mesmo.
O jogo seguinte pode ser indicado para crianças do pré-escolar e do 1º ano, cujas aprendizagens incidem no contacto com a grafia das palavras e na construção das mesmas através da escrita e da leitura.
A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem: uma opção ou uma necessidade?
De modo a equacionar a
importância da integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem é
necessário analisar a evolução da escola e das novas tecnologias, como também
os problemas associados à sua utilização. O termo TIC (Tecnologias da Informação
e Comunicação), “refere-se à conjugação da tecnologia computacional ou
informática com a tecnologia das telecomunicações e tem na Internet e mais
particularmente na World Wide Web a sua mais forte expressão” (Miranda, 2007, p. 43) .
Os sistemas escolares não
superiores, enquanto sistemas dirigidos às massas surgem apenas no século XIX,
resultado da Industrialização e da necessidade de proteger as crianças de serem
exploradas como mão de obra barata (Figueiredo, 2000) . Comparativamente,
no início do século XXI, a preocupação incide na obtenção e construção do
conhecimento e da sua transformação em atividades sociais integradas (Figueiredo, 2000) . No entanto ainda
hoje a escola apresenta caraterísticas mecanicista, nomeadamente as campainhas
que tocam de hora em hora, a disposição das mesas, a apresentação de temas fora
de contexto, a instrução de ouvir e responder, a memorização e reprodução de
textos, os currículos nacionais rígidos, atitude dos professores e consequentemente
a transformação do conhecimento em produto material (Figueiredo,
2000) .
A globalização e o
desenvolvimento científico e tecnológico, verificadas no campo da informação (Fidalgo, 2009) permitiram que
gerações mais novas, especialmente os alunos, facilmente usufruíssem das novas
tecnologias, seja de forma social, lúdica ou de carácter formativo (Paz, 2008) . "Falar de novas
tecnologias é falar do computador pessoal, cada vez mais portátil, dos telemóveis
que são muito mais do que isso [...], dos videojogos, pólo de eterna discussão
sobre as suas virtudes educativas ou de como ligar a aprendizagem ao lúdico,
das aplicações informáticas utilizadas com fins educativos, das plataformas de
gestão da aprendizagem (...), que permitem o alargamento do espaço e tempo de
aprendizagem para além da tradicional sala de aula e, em especial, da Internet”
(Paz, 2008, p. 2) . A adaptação das escolas não deve
passar apenas pela integração dos novos media mas também pela atualização das
aprendizagens (Figueiredo, 2000) , uma vez que verificamos
frequentemente a divulgação de conteúdos educativos sem considerar que o seu
significado está dependente do contexto de interação e atividade (Figueiredo, 2000) .
São os
professores mais velhos que apresentam uma maior resistência na utilização das
novas tecnologias, quer pela dificuldade na sua utilização, pela falta de
diligência em reformular conteúdos, estratégias e materiais didáticos, ou pela
falta de recursos que persiste nas escolas (Paz, 2008) .
Segundo Botelho (2006) , todos os avanços e desenvolvimentos
científicos e tecnológicos constituem mudanças significativas na sociedade,
pelo que é da responsabilidade da Educação, e consequentemente dos professores,
“assegurar a todos os estudantes as aprendizagens e competências que lhes
permitam participar plenamente na vida social” (Botelho, 2006) . Paz (2008) realça que a
utilização de novas tecnologias ou a falta de uso das mesmas não é um indicador
de bons ou maus professores, no entanto consideramos que a integração das TIC
no processo de ensino-aprendizagem é uma necessidade, visto que a nova geração
de alunos denominados de nativos digitais, possuem características que não são
compatíveis com método de ensino arcaico, uma vez que estão acostumados a processos
de busca de informação mais autónomos (Gomes & Carvalho, 2008) .
O
uso das TIC na dinamização das aulas, nomeadamente o uso de plataformas
online, como o Moodle, os quadros interativos, os projetores de vídeo, a
televisão e a Internet, proporciona uma maior variedade de estratégias de
ensino permitindo que o aluno tenha um papel ativo na sua aprendizagem (Fidalgo, 2009) . Contudo, realçamos que as TIC devem ser consideradas como um complemento ao ensino, tendo em conta
que a utilização da Internet não substitui a capacidade de interpretar e de
refletir sobre a informação encontrada (Paz, 2008) . Por esta razão o professor
deverá encarar um papel de mediador. Em casos de infoexclusão em que famílias por
razões económicas, geográficas ou pessoais não têm conhecimento, que por sua
vez origina na falta ou impossibilidade de acesso a informação, nomeadamente através
das novas tecnologias de comunicação, como a Internet (Dicionário
Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2013) , é necessário o
uso da flexibilização como estratégia, respeitando os tempos individuais de
aprendizagem de competências (Fidalgo, 2009) . “O maior desafio dos novos media
é […] o de construir comunidades ricas em contexto, onde a aprendizagem
individual e colectiva se constrói e onde os aprendentes assumem a
responsabilidade, não só da construção dos seus próprios saberes, mas também da
construção de espaços de pertença onde a aprendizagem colectiva tem lugar.” (Figueiredo, 2000, p. 3)
Bibliografia
Botelho, F. (2006). Textos e literacias . Setúbal
na Rede, 1-3.
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
(2008-2013). Infoexclusão. Obtido de Priberam :
http://www.priberam.pt/dlpo/infoexclus%C3%A3o
Fidalgo, P. (Março de 18 de 2009). O Ensino e as
Tecnologias da Informação e Comunicação. Setúbal na Rede, 1-2. Obtido
de Setúbal na Rede: http://setubalnarede.pt/
Figueiredo, A. D. (2000). Novos Media e Nova
Aprendizagem. Novo Conhecimento/Nova Aprendizagem, 1-3. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian.
Gomes, T. S., & Carvalho, A. A. (2008). Jogos
Como Ferramenta Educativa: de que forma os jogos online podem trazer
importantes contribuições para a aprendizagem. Actas da Conferência ZON |
Digital Games (pp. 133-140). Braga: Universidade do Minho.
Miranda, G. L. (2007). Limites e possibilidades das
TIC na educação. Revista de Ciências da Educação, 41-50.
Paz, J. (17 de Abril de 2008). Educação e Novas
Tecnologias. Educação Setúbal na Rede, 1-2. Obtido de Setúbal na Rede:
http://setubalnarede.pt/
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